Arte no Século xx Modernismo

29/04/2012 18:21

 

MODERNISMO

 

ARTE NO SÉCULO XX MODERNISMO
 
 
O século XX, sem dúvida, é um dos períodos mais agitados da história. Um século de grandes descobertas, tragédias e conquistas importantes: duas guerras mundiais, a invenção do avião, foguetes, a chegada do homem à lua, avanços da medicina, aparecimento de doenças até então desconhecidas, a revolução causada pela informática, enfim, tudo acontecendo e sendo divulgado pelos meios de comunicação, influenciando assim o artista moderno que a tudo vê com o seu olhar sensível e passa a se expressar influenciado por esse mundo conturbado que o rodeia.
 
 
O caminho iniciado pela arte do século XX apresentou múltiplas tendências, porém o artista não se preocupou em ajustar-se a elas. A partir do início deste século o artista buscou e ainda busca novas formas e diferentes meios e materiais para satisfazer a sua capacidade de criação. Ele não está preso ao registro realista, pois a fotografia livra-o dessa preocupação. Agora a maior importância é dada à criatividade e à livre expressão. Nesse contexto, variados estilos convivem em uma mesma época e por vezes até no mesmo lugar. 


 
 
 
CUBISMO


 
No início do século XX, em Paris, Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963) criaram um novo estilo artístico que rompeu com a idéia de arte como imitação da natureza e abandonou as noções tradicionais de perspectiva.
 
Esses artistas procuravam novas maneiras de retratar o que viam e, influenciados dor Cézanne, passaram a valorizar formas geométricas e s retratar os objetos como se eles estivessem partidos. Todas as partes de um objeto eram representadas num único plano ao mesmo tempo, como se o artista visse esse objeto em vários ângulos simultaneamente. A esse estilo chamamos de cubismo analítico. Nesse estilo, há predominância de poucas cores (preto, cinza e tons de marrom e ocre).
 
Jarro e o Cântaro - Picasso
 
Mulher sem camisa sentada
 
 
 As mulheres - Picasso
 
 
Em algumas obras cubistas, o artista se preocupou tanto em apresentar simultaneamente todos os lados de um objeto escolhido, que, devido à fragmentação excessiva desse objeto, ficou quase impossível reconhece-lo na pintura. Dessa forma, os cubistas criaram o cubismo sintético, que buscou recuperar um pouco a imagem real do objeto tornando as cores mais fortes e as formas mais decorativas. Outra característica do cubismo sintético é a utilização de colagem. Elementos como letras, números, pedaços de jornal, vidros, madeira etc. foram introduzidos nas pinturas.

 
Três Músicos - Picasso
 
 
As obras de Pablo Picasso, foi dividida em três fases:
A fase azul-  
Seu melhor amigo havia morrido e Pucasso sentia-se sozinho e triste. Ao mesmo tempo ninguém comprava suas obras. Ele estava quase passando fome.
 
Melancólico ele passa a pintar usando tons de azul. O azul às vezes é uma cor muito triste.Todas as personagens dessa fase parecem tristes e solitárias.

 
 
O Velho Violinista,1903 Inst. Arte de Chicago, Picasso
 

 
 
A fase Rosa-
A fase azul terminou quando Picasso conheceu uma moça chamada Fernanda. Eles se apaixonaram e logo suas pinturas passaram a ter uma cor mais alegre. Esse foi o início da fase rosa.
 
Nessa fase, não só as cores mas também os temas de Picasso eram mais alegres. Ele retratou a arte circence, geralmente mostrando os artistas e seus animais. Entretanto, essa fase não durou muito tempo, pois Picasso descobriu uma nova maneira de pintar, diferente e emocionante.
 
 
Familia de Saltimbancos, 1905, Galeria Nacional de Arte, Washington, de Picasso

 
 
Fase Cubista-
Picasso desnvolve um novo estilo: o cubismo, que consiste em geometrizar as formas. É como se a imagem tivesse sido quebrada em pequenos fragmentos.
 Observe a imagem abaixo é possível distinguir a mulher e o violão. Dá prá descobrir alguma outra coisa?


 
O Poeta


FOVISMO


 
 
 
Nos primeiros anos do século XX, um grupo de artistas, entre eles Henri Matisse (1869-1954), Maurice de Vlamink (1876-1958) e André Derain (1880-1954), passou a usar a cor como o elemento mais importante da obra de arte. Para eles, o desenho, as linhas e a
  perspectiva ficaram em segundo plano, pois vinham como princípio a simplificação das formas e o uso das cores puras, tal como estão nos tubos de tinta.
 
Henri Matisse chegava a dizer que procurava pintar com a pureza de uma criança ou de um selvagem, que usam a cor apaixonadamente. Em 1905, no Salão de Outono de Paris, o crítico de arte Louis Vauxcelles, ao observar os quadros tão agressivamente coloridos, os chamou de feras (fauves, em francês), dando origem ao termo fovismo.
 
Os artistas fovistas usavam as cores puras, sem misturá-las, para obter gradações de tons, de maneira instintiva e não intelectual. O fovismo influenciou toda a arte desde o início do século XX até a atualidade.
 



 
 

Pós-Impressionismo

 
Alguns artistas consideravam o Impressionismo um estilo superficial que retratava apenas cenas passageiras e não dava muita importância aos sentimentos e acontecimentos políticos e sociais. Outros se sentiam insatisfeitos e limitados com a técnica impressionista. Dessa forma, muitas tendências surgiram na pintura no final do século XIX, e a essas diversas tendências foi dado o nome de Pós-Impressionismo.
 
Conheça alguns dos artistas que fizeram parte do Pós-Impressionismo:
 
 
Paul Cézanne (1839-1906):
 
 

 
 
Para Cézanne, seus quadros eram “construções da natureza” e não cópia dela. Ele estudava as formas geométricas e as proporções de cada objeto a ser retratado. Seus quadros são considerados reconstruções da natureza e dos objetos. Um dos temas preferidos de Cézanne são as naturezas-mortas (pintura de flores, frutas, objetos, animais mortos).
 
 
Georges Seurat (1859-1891):
 
Como Monet, Seurat abandonou a paleta e passou a utilizar cores puras, aplicando-as diretamente na tela. Ao agrupar as pinceladas em forma de pontos, Seurat criou uma técnica que recebeu o nome de pontilhismo.
 
O Banhista

Tarde de Domingo
 
 
Outros pós-impressionistas foram Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin e Van Gogh. Viveram na mesma época, chegaram a se conhecer, questionaram a sociedade e buscaram novos ideais, mas cada um encontrou seu próprio estilo artístico:
 
Henri Toulouse-Lautrec (1864-1901): Buscava inspiração nas figuras humanas, na realidade dos cabarés e bares da França do final do século XIX.
 
Baile no Moulin Rouge (Museu Filadélfia)
Lautrec
 
 
Paul Gauguin (1848-1903):
 
Perturbado com a sociedade européia moderna, que se preocupava com o materialismo e a ascensão social, deixa a Europa para buscar inspiração na Martinica e no Taiti, acreditando estar próximo à natureza e assim poder encontrar liberdade.
 
 Auto Retrato - Gauguin
 
 
Mulheres do Taiti -  Gauguin
 
Vincent van Gogh (1853-1890):
Tinha personalidade intrigante. Oscilava entre a alegria e a tristeza, a esperança e o desespero, o amor e o ódio. Vivia uma dualidade emocional. Pintar passou a ser seu refúgio. Utilizando cores fortes para expressar seus sentimentos, criou uma nova forma de fazer arte. Segundo ele, “pinto o que sinto e não apenas o que vejo”.
Um dia quando pintava ao ar livre em Auvers, deu um tiro no peito. Morreu dois dias depois, em 29 de Julho de 1890.
Apesar da curta carreira como pintor, aproximadamente 10 anos, o artista produziu cerca de 700 quadros. 
 

 Os Girassóis

 O Quarto de Van Gogh

Noite Estrelada

 
EXPRESSIONISMO
 
O termo expressionismo pode ser aplicado em qualquer momento da história da arte para designar a obra que abandona as idéias tradicionais e expressa a emoção do artista através de deformações e exageros de forma e cor. Nesse sentido, podemos chamar de expressionista o artista que dá importância aos sentimentos e às reações humanas diante dos fatos da vida, criticando a exploração do homem pela sociedade. O artista expressionista não retrata apenas o que vê, retrata também o que ele sente em relação ao fato que está presenciando, podendo para isso até deformar figuras.
 
A palavra expressionismo também foi utilizada para denominar uma tendência da arte européia moderna que predominou na arte alemã de1905 a 1930 aproximadamente. Essa tendência pode ser vista como uma reação ao Impressionismo, que apenas se preocupava com as sensações de luz e cor e não com os problemas vividos pela sociedade da época. OExpressionismo tinha como objetivo expressar as emoções e angústias do homem do início do século XX. Um dos pintores que conseguiram expressar esses sentimentos em telas foi o norueguês Edvard Munch (1863-1944).
 
 O Grito

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